quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Relatorio fional de Estágio supervisionado.docente Aldemir C de Oliveira

Relatório Referente
ao Estágio de Observação





 Escola Municipal de Ensino e Educação Infantil e  Fundamental. Maria Liberty de Freitas. Situada na               Avenida 41, bairro Jardim das Esmeraldas, na área urbana da cidade de Guajará-Mirim. 
    A escola oferece ensino de Educação Infantil ao 5º ano de Ensino Fundamental, sendo através de series completas.
    O numero total de alunos da escola é 358. No 1º e 2º ano as turmas são formadas com 25 alunos por sala, no 4º e 5º ano cada sala tem em média 30 alunos.
    O corpo docente da escola é composto de 12  professores. A equipe administrativa é constituída por quatro servidores, sendo uma diretora, uma supervisora, uma secretaria e 1auxiliar de secretaria. A escola ainda tem em seu quadro dois orientadores, um para cada turno. A equipe pedagógica tem doze componentes.
     A escola é mantida pelo FUNDEB e recursos do município.
     A escola oferece a comunidade apenas o Ensino de Educação Infantil e as séries iniciais do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Do 6º ao 9º ano os alunos estudam em escolas da rede Estadual.
     Os alunos da unidade observada provem do bairro onde a mesma está localizada
, e de bairros próximos como: Próspero, Planalto e Comara.
      A unidade orienta os pais e os responsáveis que a escola não tem como oferecer a continuidade do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, que agora cada pai ou responsável irá buscar vaga em uma escola de esfera Estadual, sendo assim a escola dá a transferência do discente para que ele busque outra unidade escolar para continuar seus estudos.

Assistência Alimentar
         
       A merenda escolar ocorre em dois momentos das 9:00 as 9:30 , merendam os alunos da Educação Infantil e os alunos do 1º ao 2º ano ; das 9:30 as 9:45 merendam os alunos do 3º ao 5º ano . Não participei da merenda, mas observei e verifiquei que todos os alunos merendam a merenda que é oferecida pela escola; sim a merenda é a mesma nos dois turnos; no turno da manhã há um maior numero de alunos merendando. O cardápio  é o seguinte:
segunda-feira - mingau
terça-feira - risoto
quarta-feira – chocolate com biscoito
quinta feira – sopa ou macarronada
sexta-feira- suco com bolacha ou pão com carne

        A distribuição da merenda é realizada no refeitório. A escola compra todos os materiais da merenda através da associação de pais e professores (APP).
O controle de assistência alimentar é feito pela direção da escola e pais de alunos. Durante a semana que observei vi a merendeira servir mingau, risoto e sopa; a merenda mais apreciada pelas crianças é sopa e vatapá. Pelo que observei a merenda é de boa qualidade.
        A merenda escolar precisa ser rica em substâncias como proteínas, carboidratos, gorduras, vitamina e sais minerais contidos nos alimentos. Quando o consumo destes nutrientes é adequado, as crianças terão um melhor desempenho na escola e uma maior facilidade de assimilação dos conhecimentos. Com isto o entendimento e o aprendizado se dão de uma forma bem natural.

                                                      
Biblioteca  Escolar

          Diante do que observei a biblioteca oferece acomodação suficiente para os usuários (alunos) da mesma. O controle dos livros é feito pelo professor de sala de aula. Não há horário fixo para o uso da biblioteca, o horário depende da necessidade do aluno. Seu horário de funcionamento é o mesmo horário de funcionamento do estabelecimento escolar das 07h30min às 11h45min e das13: 30 às 17h45min. A funcionária que atende na biblioteca é uma funcionária administrativa.
          Os empréstimos são realizados de acordo com a necessidade do aluno, o aluno leva o livro e devolve dentro de um prazo marcado pela bibliotecária, se não conseguir fazer o trabalho, a leitura ele vai à biblioteca e renova o empréstimo. Não existem outras atividades programadas pela biblioteca. Segunda a bibliotecária o acervo existente na biblioteca é suficiente para atender a necessidade da escola. Na sala de aula não existe  a biblioteca de classe. O acervo da biblioteca é usado para realizar pesquisas, e atividades de classe. Não vi alunos usando livros da biblioteca, apenas livros didáticos. Muitos alunos demonstram interesses pelos livros, eles ficaram tão eufóricos com a minha presença que queriam que eu ficasse lendo história para eles. Os alunos não fazem apreciação dos livros por escrito, à professora fez oralmente. Para despertar o gosto pela leitura sugeri que a professora:
  • ler história diariamente para os alunos,
  • deixar os alunos manusear variedades de livros,
  • realizar olimpíadas de leitura .
Observei que o acervo da biblioteca atende a necessidade dos alunos e dos professores.

A   Sala de Aula

A entrada e saída dos alunos acontecem em fila. A sala de aula tem uma boa iluminação, são climatizadas, limpas e bem conservadas. As carteiras são de boa qualidade, são organizados em fileiras, e bem conservados, os alunos procuram cuidar muito bem; ao sair da sala no final da aula os alunos colocam as cadeiras em cima  das mesas.
          A merenda escolar é servida no refeitório, em horário já mencionado anteriormente, quanto ao atendimento é realizado por uma servidora da cozinha.
          Todos os alunos usam o uniforme da escola. Quanto à recreação a mesma tem duração de 15 minutos no pátio da escola sobre a orientação dos professores.
            Os alunos são orientados pela equipe gestora e pelos professores quanto ao uso do banheiro e na formação de bons hábitos de higiene.
             Sugeri que a professora trabalhe com atividades lúdicas, a fim de melhorar o conhecimento das crianças.

O início da aula
          
           No período da manhã a aula inicia as 07h30min com término as 11h45min, e no turno da tarde a aula inicia as 13h30min e tem seu término as 17:45. O acesso dos alunos à sala de aula se dá em fila. O relacionamento professor e aluno e dos alunos entre si é bom (harmonioso) aparentemente muito bom.
           Falando da organização do material escolar; os alunos estavam com seus materiais bem organizados, a maioria tem seu material, os alunos que não tem material escolar, a escola providencia, na sala onde eu estava estagiando todos os alunos estavam uniformizados. Os mesmos procuram chegar no horário certo, mas como sempre, tem sempre aqueles que chegam atrasados. A professora faz a chamada algum tempo antes do recreio. Após a explicação do conteúdo, a professora dá um bom tempo para que os alunos façam as atividades propostas por ela.

O Cotidiano da Sala de Aula
          
          Ao  entrar em sala, a professora cumprimenta os alunos, em seguida passa uma atividade na apostila de Língua Portuguesa, deu um tempo  de 30 minutos  para que as crianças fizessem a atividade (construção de frases), quando todos haviam terminados a professora começou a corrigir individualmente, tirando as dúvidas e ensinando aqueles que não conseguiram fazer a atividade proposta.Depois de concluir a correção da atividade de Língua Portuguesa,a professora passou uma atividade de Matemática no quadro de giz sobre adição e subtração o procedimento foi o mesmo , deu 30 minutos  para que os alunos realizassem as atividades , e logo após os 30 minutos  a professora começa a correção das atividades individualmente e se um aluno não consegue fazer corretamente  ela o orienta  novamente.Os recursos utilizados foram o quadro de giz , giz e apostila.Como na sala de aula tem um aluno especial, a professora usava material lúdico para ensinar o mesmo.
            Em relação ao aprendizado dos alunos foram ótimos, 90% dos alunos sabem ler e escrever, os conteúdos variam de acordo com as disciplinas, o tempo utilizado para cada conteúdo depende do assunto em questão, e do desenvolvimento dos alunos.
            A disciplina em sala de aula é ótima, os alunos participam interagindo com a professora e fazendo as atividades.
            Os hábitos de ordens de higiene são bons, os alunos estavam limpos, penteados e cheirosos.
             A professora trata os alunos com respeito, carinho e firmeza.
              As atividades ocorreram no método tradicional, professora explicou no quadro de giz e depois passou as atividades.
              A metodologia utilizada é aula expositiva e explicação individual.
              Os principais recursos utilizados pela professora durante minhas observações foram lousa, giz, cadernos e apostilas.
              As avaliações são feitas através da participação dos alunos e da realização das atividades propostas e do desempenho do aluno, quanto a aluno especial tem apenas um e a professora trabalha com jogos e brinquedos pedagógicos, o mesmo tem Síndrome de Daws.
              A professora faz seu planejamento e faz uso do mesmo para ministrar suas aulas. O clima na sala de aula é agradável. A professora prepara suas aulas de acordo com a necessidade dos alunos, quanto ao aluno especial à professora trabalha individualmente através de jogos, brinquedos e atividades lúdicas. Na turma que observei apenas o aluno que tem Síndrome de Daws recebe atendimento psicológico.

A Professora

               As principais características da professora observada são tranqüilidade, amorosa, interessada na aprendizagem dos alunos, amiga, compromissada com sua profissão. Em diálogo com os alunos eles disseram que gostam da professora, que ela é boa e carinhosa.
               Um dos aspectos que me chamou atenção foi que as crianças estavam sempre perto da professora e conversando com ela.
               Um bom professor precisa ser atencioso, carinhoso, saber respeitar os alunos e ser compromissado com sua profissão.

Os estudantes

                 Coleta de dados sobre a classe observada:
                       números de alunos na classe: 27
                       números de alunos especiais:01
                       Ano:2º
                       idade dos alunos:08 anos
                       Sexo: masculino e feminino
                       O que fazem fora da escola: ficam em casa e brincam.
                       Principais interesses dos alunos: brincar.
                       Por que estão na escola: para estudar e fazer amigos.
                       Ao entrevistar a professora ela disse que gosta da turma, são meninos tímidos, bons e carentes.
                                                                                                                                                
Laboratório de  Informática

                       
                        O Laboratório de Informática funciona para pesquisa e para atividades planejadas pelos professores e com horário definido.
                         A escola informou que tem auxílio de uma professora do CREAS que ministra aulas de reforço
                          Os alunos são encaminhados a sala multifuncional quando apresentam problemas na aprendizagem ou quando são alunos especiais. Os especialistas que atendem nas salas multifuncionais são Psicopedagogos e Psicólogos.
                         


      


Professora..........................................................

Diretora.............................................................

Discente............................................................



domingo, 7 de agosto de 2011

Relatório da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental José Carlos Neri

Academica: Balkis P. Ribera Ereira
Identificação e histórico da Instituição Escolar.
A Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental José Carlos Neri, Fica na área periférica da zona urbana desta cidade de Guajará-Mirim-RO, seu endereço é avenida Almerindo dos Santos, Nº 4484, Bairro  Prospero.
Esta Instituição de ensino atende a partir do Ensino Infantil que é a partir do Pré de 4, e o Ensino Fundamental do 1º ano até o 5º ano, consta com uma classe do Projeto SE LIGA e ACELERA I, que é um Projeto da  Instituição Airton Sena, também tem uma parceria com as Usinas Camargo  Correia que é o Projeto: ESCOLA IDEAL, e o Projeto MAIS  EDUCAÇÃO em parceria com o Governo Federal.
A Escola consta com um numero de 609 alunos, tem 22 turmas que são 11 de manha e 11 a tarde, em cada sala tem de 24 a 30 alunos, seu corpo docente é composta por 22 pedagogos e 28 funcionários na parte administrativa. Esta Instituição é mantida pelo recurso federal PDE, PDDE, pela Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim-RO que é o PROAFIM, esta instituição tem 22 anos de fundação.

Qualidade profissional voltado para Inclusão de alunos com deficiência intelectual

Plano de Aula
Discentes: Gecir, Menas, Roseane,Soraia, Wanderly
Tema: Oficinas pedagógicas

JUSTIFICATIVA
A educação especial é um recurso especializado para educar e socializar todas as pessoas portadoras de necessidades especiais, tendo em vista as suas dificuldades individuais, assim desenvolver trabalhos para que haja uma aprendizagem satisfatória, participação ativa e atividades envolventes e interessantes a todos. A sociedade também precisa ser esclarecida sobre a inclusão, e saber a verdadeira importância para a formação de seus filhos, integração e inclusão fazem hoje em dia parte do cotidiano de muitas famílias, as crianças precisam ter o direito e entender que são normais dentro dos seus próprios limites, que quando essas crianças chegarem a faze adulta se incluam e se adaptem a comunidade a que pertencem para trabalhar e usufruir do que tem no nosso meio.
Deste modo, propõe-se como objeto de estudo do presente Projeto a instituição especializada na relação com as condições de vida e cidadania de alunos com deficiência intelectual significativa inserido nas Oficinas Pedagógicas.
PROBLEMATIZAÇÃO
O grande desafio é criar mecanismos de adaptação para o aluno especial de 14 anos, cursa o 4º ano, que apresenta um desvio mental leve, e se apresenta passivo demais, não faz as atividades propostas pelo professor, não fala só observa, fica isolado e é repetente há dois anos, através dessas atitudes observadas o professor juntamente com a escola deve proporcionar condições que favorecem o desenvolvimento e a integração pessoal,social, profissional e ocupacional das pessoas com deficiência intelectual.
Assim, tais programas deverão promover ações que objetivem contribuir no desenvolvimento das capacidades da pessoa com deficiência intelectual significativa, estabelecer alguns limites em relação ao comportamento e estimulá-las a assumirem algumas responsabilidades.
A escola deverá propiciar situações para que o educando com deficiência intelectual possa realizar, de forma autônoma, atividades da  vida diária e de vida prática,para tal, poderá desenvolver ações em conjunto com a família e com a comunidade. Destaca-seque, num primeiro momento é possível queos alunos não consigam realizar essas atividades de forma independente, maso educador deverá estimulá-los à participação, de maneira progressiva, solicitando a sua participação em etapas anteriormente não experimentadas.
A educação somente poderá ser eficaz, caso ela responda às características peculiares de aprendizagem de cada aluno.
Além disso, para alcançar êxito, o professor necessita apropriar sua intervenção à maneira peculiar de aprender de cada um de seus alunos, em respeito às diferenças particulares.
Demonstra também que o desenvolvimento do aluno, de forma completa, tem forte relação com os conhecimentos teóricos, sendo, portanto, mais do que um discurso. A relação teoria/prática se torna uma necessidade nos processos de formação da educação básica onde o objetivo é a construção da autonomia do aluno.
OBJETIVO GERAL
Atender portadores de Necessidades Educativas Especiais, onde a série proposta é o 4º ano, no qual o aluno é (especial intelectual leve passivo demais, não faz as atividades proposta pelo professor, não fala, só observa, fica isolado e é repetente há dois anos e tem 14 anos). Ampliar o acesso desses alunos nas classes comuns, fornecer capacitação aos professores propiciando um atendimento de qualidade, favorecendo uma aprendizagem na qual as crianças possam adquirir conhecimentos juntas, desenvolver no professor a capacidade de usar formas criativas com alunos portadores Necessidades Educativas Especiais a fim de que a aprendizagem e a inclusão se concretizem.
OBJETIVO ESPECÍFICO
a)      Analisar o processo da inclusão dentro da escola;
b)      Verificar a situação real vivida pelos professores e alunos dentro da escola; conhecer a realidade de cada aluno através da participação da família, obtendo assim escola- aluno-família.
c) Desvelar os problemas enfrentados pelos professores dentro da escola e junto aos órgãos competentes e responsáveis diretos;
SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO

1ª OFICINA: RELÓGIO
Será confeccionado um relógio, onde a professora montará juntamente com os alunos com papel reciclado no qual o mesmo será colorido.
Após a confecção do relógio, o educador chamará o maior aluno da sala para segurar o relógio e com isso incentivar os alunos a aprender as horas, as cores, a importância da reciclagem, etc. Depois da pergunta do maior aluno, Douglas que era o maior veio a frente, com isso o educador pergunta a hora, as cores e os alunos respondem e junto Douglas vai apontando as cores e numeração. Isso despertará a atenção e o interesse em aprender vários temas de forma divertida.

 
2ª OFICINA: JOGAR FUTEBOL
O educador pergunta na sala de aula, quem gosta de jogar futebol, por tanto Douglas foi o primeiro aluno a e manifestar, então a professor levou todos os alunos para o pátio. E Douglas por espontânea vontade falou que gostaria de ser o goleiro, isso despertou uma felicidade imensa nele, pois nunca haviam lhe dado uma oportunidade assim, com isso ele agradeceu o professor e disse nós vamos jogar futebol todos os dias e a professora lhe disse que para isso e necessário o desempenho em todas as atividades. Como evolução Douglas se mostrou interessado, melhorou suas notas, não reprovou mais de ano, interagiu com seus colegas de classe, mostrou-se mais seguro e feliz com a socialização.

3ª OFICINA: OBJETO DE ESTIMAÇÃO – VIOLÃO
O educador pede que cada aluno trouxesse de sua casa um objeto que mais gosta, e com os objetos em mãos o professor pergunta quem quer falar primeiro do seu objeto e Douglas manifestou-se relatando: este violão ganhei de meu pai, todos os dias olho para ele, pois não tenho coragem de pegá-lo para tocar, porque tocava junto com meu pai e ele faleceu a dois anos, por isso não me sinto feliz tocando sozinho pois ele era o meu parceiro e amigo. Não diga isso somos todos seus amigos não é coleguinhas e eles responderam: sim.
O que o professor usou como estratégia:
·         Começou a trazer para a sala de aula esses objetos, fazendo com que desperte neles a importância do objeto para sua vida;
·         Despertou o falar em cada um fazendo com que eles contassem como era a relação.

HORTA
O educador vai começar a aula com uma proposta diferente, propondo aos alunos a construção de uma horta. Em sua proposta o educador pergunta quais se oferecerão como voluntários, e para a surpresa do professor e dos colegas de classe Douglas se disponibiliza com o plantio, pois ele diz que sabe plantar muito bem. O professor então diz a Douglas,para iniciar o plantio pegue um pouco de terra preta para ser misturada com estrumo e assim plantaremos variedades de hortaliças, os restantes dos coleguinhas ficarão responsáveis para regá-las. A partir desse processo de acompanhamento no crescimento das hortaliças Douglas mostrou-se empenhado, socializou-se com a turma, foi percebido desempenho nas outras disciplinas, sua autoestima tornou-lhe um adolescente aceitável para todos. Esse trabalho trouxe-lhes a importância de preservar o meio ambiente, a ter uma alimentação saudável, também colaborou no aprendizado e no conhecimento de questões do dia-a-dia.
JOGOS DE NÚMEROS
O educador vai dividir a turma em dois grupos, onde ele vai estipular um único valor para os dois grupos, mas para isso cada aluno terá em mãos uma placa com uma numeração. Nessa proposta vão ser trabalhadas as quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão. O educador começa dando o valor a ser achado, derrepente Douglas levanta a placa chamando a atenção de todos, pois ele é passivo, não fala, é deficiente mental leve e já reprovou dois anos seguidos. Mas para a surpresa de todos Douglas tem o raciocínio lógico rápido, formando junto com seus colegas o resultado pedido, no final de todo o jogo o grupo de Douglas foi o vencedor. Isso trouxe para Douglas a valorização por seus colegas, passou a socializar-se de forma aberta, despertou nele o estímulo, colaborou para que fosse percebido por outros professores o seu desempenho intelectual.
RECICLAGEM: VALORIZAÇÃO DO MATERIAL DESPERDIÇADO
Objetivos:
·         Observar que o material utilizado apesar de ter passado pelo processo de industrialização, passou por várias etapas até a construção do objeto;
·         Identificar quais os materiais extraídos da natureza serviram para a construção dos objetos;
·         Perceber a importância de preservar, de economizar para que não haja tantos desperdícios, esgotamento de material extraído da natureza.
Desenvolvimento:
·         Trabalhar a valorização do material escolar em sala para que não haja desperdício, procurando despertar no aluno a compreensão de mundo;
·         Trazer para sala de aula todo material reciclado para que seja trabalhado na forma de objetos de utilidade;
·         Montar uma exposição dos objetos de reciclagem feitos pelos alunos, buscando assim valorizar o desempenho de cada aluno e também a importância de colaborar com o meio ambiente;
·         Criar debate e pesquisa que mostre as causas da degradação do ambiente como: desmatamento, poluição da água, poluição do ar, desperdício da água, acúmulo de lixo reciclável e não reciclável.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES-    4º ANO
MATEMÁTICA
O Relógio

·         O relógio pode ser trabalhado os números, a hora;
·         Pode ser usado na geometria, como por exemplo: o círculo, a circunferência;
·         O formato dos números se é algarismos romanos etc.
Jogos de Números
·         Poderá ser trabalhado as quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão;
·         A quantidade de alunos envolvidos para se chegar ao cada resultado.
PORTUGUÊS
Violão
·         Através do violão será criada uma música voltada para a preservação do ambiente, e isso irá também valorizar o objeto trazido pelo aluno, e também a descoberta de talentos;
·         A música servirá como texto de interpretação, podendo ser trabalhada a gramática e a capacidade de cada aluno de criar seu texto;
·         Dentro da própria escola os alunos apresentarão peças teatrais, cartazes, espalhando as várias formas que podem ser trabalhadas a preservação do meio ambiente. 

CIÊNCIAS
Horta
·         Observar os compostos naturais necessários para o plantio das hortaliças;
·         Quais as hortaliças que serão plantadas para o consumo;
·         A forma de irrigação das hortaliças, dando importância para o uso ideal da água;
·         Tempo necessário para que as hortaliças sejam consumidas.
HISTÓRIA
·         Podem ser trabalhados todos os objetos da oficina pedagógica, buscando pesquisar como surgiu;
·         Comparar os produtos industrializados com os produtos criados por reciclagem, descobrindo através de pesquisas qual produto foi industrializado primeiro e qual reciclado foi desenvolvido, assim descobrindo os responsáveis pela criação.
ARTE
Relógio
·         Pode ser confeccionado com vários materiais reciclados, onde dará ao relógio formato desejado;
·         Também pode ser construído com várias cores diferentes, pois a natureza e os materiais descartados oferecem tons variados;
·         Valorização do aluno como criador do próprio relógio, abrindo oportunidade para criação de novas idéias.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
·         Observar quais materiais se jogados no meio ambiente acarretará danos;
·         O que devemos fazer para somar na preservação do ambiente onde estamos inseridos;
·         O que devemos fazer para que não haja tanta degradação do meio ambiente, por onde devemos começar para tornarmos seres humanos conscientes com visão de mundo.
 METODOLOGIA
O desenvolvimento do presente estudo terá ênfase na análise qualitativa, visto que esta possibilita a escolha de um problema, estudo e análise de referências selecionadas e a reflexão sobre as informações e dados coletados da realidade, procurando assegurar a flexibilidade nas diferentes etapas propostas e, principalmente, confrontando a prática docente com os pressupostos teóricos que fundamentarão os estudos a serem realizados. A metodologia utilizada para a realização deste projeto se valerá de pesquisas, música, reciclagem, jogos, preservação o meio ambiente, atividades interdisciplinares, etc.
ESTRATÉGIA DE AÇÃO
As estratégias de ação que serão utilizadas neste Projeto estão inseridas numa perspectiva de pesquisa-ção, na qual uma capacidade de aprendizagem é associada ao processo de investigação. Para viabilizar a transcrição, o registro e a descrição dos dados obtidos por meio de coleta de dados, das situações de ensino entre professoras e educando, serão construídas Fichas, com o objetivo de elencar competências básicas que as professoras possam apresentar para trabalhar com educando com deficiência intelectual leve, além de registrar atendimentos individualizados e o ensino habilidades essencial a esses educandos, esse instrumento será denominado Fichas de Trabalho.
Local:
O presente Projeto terá como locais, Escolas de natureza pública e privada da cidade Guajará-Mirim. Especificamente, o Projeto de Aula será realizado no Setor da Oficina Pedagógica.
A Escola ao receber esse projeto terá que atender alunos de todas as idades e sem restrição de inclusão de alunos com necessidades especiais, citando assim os com deficiência intelectual, múltiplasdeficiências, crianças com diversas síndromes que comprometem o seu desenvolvimento, crianças com distúrbios de aprendizagens, condutas típicas que já passaram por outras escolas e não se adaptaram.
O professor, direção em conjunto com as equipes técnicas e pedagógicas tem papel central nessa história porque são os principais responsáveis pelo processo ensino – aprendizagem, a escola oferece os seguintes programas: Educação Infantil – 00 a 03 anos e 04 a 06 anos, Ensino Fundamental de 07 a 16 anos e Educação Profissional com alunos acima de 16 anos e oferecerá as seguintes Oficinas: jardinagem e horticultura, reciclagem de materiais coletados em sala e nas residências dos alunos, Oficina de Culinária – cozinha, bordados e construção de objetos da reciclagem, montagem de exposição dos objetos confeccionados, etc.
Oficinas Pedagógicas baseado nas práticas do dia-a-dia dos alunos:
Tem por objetivo trazer para sala de aula questões vivida no dia-a-dia de cada aluno, buscando assim, resgatar valores afetivos onde o aluno mostrará através de seus objetos o que mais marcou. E através da ação de cada aluno o professor poderá observar o que está acarretando a dificuldade no desempenho dos alunos. São oficinas que podem ser desenvolvidas em qualquer disciplina, podendo assim variar os tipos de objetos pessoais que irão ser trabalhadas em sala, valorizando o empenho do aluno e que ao ser assistido terá suas reações como: se sentirá a vontade, às vezes acanhado, mostrará o que mais gosta de fazer, etc.

VALIAÇÃO
No caso particular desse trabalho, a produção materializar-se-á na caracterização de material intitulado Caderno pedagógico. Este material contemplará várias unidades, com abordagem centrada em temas das Oficinas Pedagógicas, contendo textos de fundamentação teórica com as respectivas sugestões de atividades a serem desenvolvidas. O projeto visa contemplar o desenvolvimento de estratégias pedagógicas para atender as dificuldades diagnosticadas pelo professor em seu espaço específico de trabalho- a escola. Será sistematizado as experiências na implementação do Projeto, evidenciando suas positividades, defendendo e fundamentando as idéias, aprofundando temáticas específicas e sugerindo alternativas possíveis visando o aperfeiçoamento.
A avaliação será contínuada afim de que se possa manter a consistência do estudo, bem como o entrosamento dos integrantes do grupo. Para o bom andamento do projeto, em todas as etapas serão observados os resultados e, quando identificados pontos que mereçam readequação, as ações serão discutidas pelos integrantes do grupo e professor PDE, procedendo alterações sempre que necessárias.
META A SER ALCANÇADA
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. A própria sequência de exercícios parecidos agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar. A socialização vai torná-lo uma pessoa mais extrovertida, isso facilitará no seu desempenho quando se tratar de se expor diante dos colegas ou até então de dá uma opinião.
RESULTADO
Diante das dificuldades da escola se adequar com as novas propostas de inclusão, onde o profissional tem que está preparado para o acompanhamento do aluno especial, os educadores mostraram-se empenhados na educação. Pois usaram como suporte para a inclusão dos alunos com necessidades especiais, uma técnica que deu certo, que foram as oficinas pedagógicas lá pôde ser observado o melhoramento no desempenho escolar de todos os alunos sem distinção. Em se tratando de Douglas que é o aluno especial intelectual, foi observado que ele se encaixou em todas as oficinas de forma positiva, pois mostrou-se ativo, interessado, melhorou as notas das disciplinas, socializou-se com seus amigos, sentiu-se como um pássaro a voar, foi valorizado pelos professores e alunos pelo seu desempenho, e para a alegria de todos e do próprio Douglas no suas notas no terceiro bimestre já decidia a sua aprovação no final o ano. Esse foi um dos melhores anos de Douglas, no qual ele se sentiu uma pessoa feliz com seus traumas superados, isso viva a ação conjunta escola-família-alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Site Consultado:
C:/ Documents and Setting/ Usuario/Meus documentos/projeto de Intervenção pedagógica na escola- PDE/2009/ sexta-feira,27 de maio de 2011- Vera Lúcia- Alunos com Deficiência Intelectual- Inclusão Social.
Batista, Cristina Abranches Mota. Educação inclusiva : atendimento educacional especializado para a deficiência mental. [2. ed.] / Cristina Abranches Mota Batista, Maria Teresa Egler Mantoan. – Brasília : MEC, SEESP, 2006. Disponível em:

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Estágio de Observação







No dia 12 e 13 de Julho, as academicas do grupo 2, do curso de Pedagogia da Faculdade Fateama, estiveram na Escola de Educação Infantil e Fundamental José Carlos Neri, para o Estágio de Observação na sala do 3º ano. Foram  bem recebidas pelos alunos, professores e funcionários ficando gratas pelo acolhimento que tiveram.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

RESUMO


FACULDADE DE TEOLOGIA E EDUCAÇÃO DA AMAZÔNIA
COLEGIADO DO CURSO DE PEDAGOGIA
DSICIPLINA: Estágio: Escola e Sociedade
Discente: Zélia Aparecida de O. Correia
Docente: Sueli Arza Guasalua



A RELAÇÃO EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

O autor inicia com uma investigação aos clássicos do pensamento social e a visão de alguns autores sobre o papel da educação na sociedade. Durkheim, por exemplo, parte do ponto de vista que o homem é egoísta, que precisa ser preparado para sua vida na sociedade e quem realiza esse processo é a família e a escola (instituição). Esta é uma posição que rejeita a visão psicologista. Para Talcott Parsons a educação é entendida como socialização. Parsons admite a visão psicologista e ambos veem a educação fundamentada nos princípios da continuidade, conservação, ordem, harmonia e equilíbrio sociais. Todavia, uma corrente oposta a Durkheim e Parsons estaria constituída pela obra de Dewey e Mannheim. O ponto de partida desses últimos é que a educação constitui um mecanismo dinamizador das sociedades através de um indivíduo que promove mudanças. Para Dewey e Mannheim a sociedade se remodela através da educação, pois para Dewey é “impossível separar a educação do mundo da vida.” Por outro lado, Mannheim, a educação é uma técnica social, que tem por finalidade controlar a natureza e a história do homem e a sociedade, desse uma perspectiva democrática.
Entre ambas as correntes acima exposta, existe uma concordância: a educação constitui um processo de transmissão cultural no sentido amplo do termo. Aceitando-se esta perspectiva, o problema é: como a educação cumpre essa função e como se articula a outros mecanismos de reprodução social. Uma primeira investigação leva-nos a questionar qual é a função atribuída aos aparelhos ideológicos no processo de reprodução social. Neste ponto de vista é possível pensar que existe uma divisão entre os diversos agentes que desempenham tal trabalho social. Surge daí o conflito social proveniente da relação entre duas classes antagônicas que formam o conjunto social dos não-proprietários e dos proprietários. Mas explicar as dinâmicas sociais levando apenas isso em consideração sem cair no mero simplismo é um desafio, pois a sociedade é algo bem mais complexo e em sua interpretação deve-se introduzir não apenas a análise de suas instancias, como também, e fundamentalmente, a articulação entre as mesmas.
Gramsci analisa os aparelhos ideológicos e divide as superestruturas em duas esferas essenciais: a sociedade política e a sociedade civil. Esta constitui a maior parte da superestrutura e é formada por organismos chamados “privados”, enquanto aquela agrupa o parelho de Estado. A sociedade civil pode ser considerada sob três aspectos analiticamente diferentes e complementares: Como ideologia da classe dominante; como concepção do mundo e como direção ideológica da sociedade. Contudo analisando Bourdieu e Passeron, descobre-se que a sociedade se organiza não apenas a partir de bens econômicos, mas também a partir da produção de bens simbólicos, de habitus de classe, que, transmitidos fundamentalmente pela família, levam a que os indivíduos organizem um modo de vida e uma determinada concepção do mundo. Esta se baseia num princípio básico da humanidade: a distinção. É a mesma lógica da estrutura social. Agora a pergunta é: quem através de que mecanismos, reproduzem essas distinções simbólicas? Esses autores privilegiam a família como instituição reprodutora do sistema social. O sistema escolar reproduz a nível social, os diferentes capitais culturais das classes sociais e, por fim, as próprias classes sociais.
Assim, quando analisam a função ideológica do sistema escolar, Bourdieu e Passeron atestam a não-neutralidade do sistema educacional, ainda que esta lhes pareça um sistema autônomo. Assim, o sucesso ou fracasso das crianças na escola se explica pela distância de sua cultura ou língua em relação à cultura e à língua ensinada na escola.
Por fim, o autor também introduz o ponto de vista de Poulantzas sobre o papel da escola, no qual se privilegia como eixo de análise a divisão: trabalho intelectual/trabalho manual, como forma de analisar tanto a função ideológica como a de reprodução da força de trabalho anexa à mesma. Conclui Polantazas: “O principal papel da escola capitalista não é qualificar diferentemente o trabalho manual e o trabalho intelectual, mas muito mais, desqualificar o trabalho manual (sujeitá-lo), qualificando só o trabalho intelectual.

LUGAR DA ESCOLA E DO CURRÍCULO NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO INTELECUTAL

Neste texto de Carlinda Leite, são feitas várias reflexões sobre o papel da escola, dos seus agentes e do currículo na construção de uma educação intercultural. A autora apresenta posições pessimistas como as de Althusser que defende a tese que a escola como está estruturada hoje é apenas um dispositivo de manutenção da estrutura social existente. Contudo, nos últimos tempos tem-se proclamado uma educação para todos, uma escola mais democrática. Perrenoud defende a ideia que “hoje o debate sobre a cultura deveria ser indissociável de um debate sobre a pedagogia”, pois ela é suscetível de se transformar mais depressa do que a própria cultura escolar. Para esta transformação, não podemos esquecer aspectos como conteúdos e programas escolares, materiais selecionados, organizações do tempo de do espaço que condicionam a estrutura do discurso pedagógico e privilegiam, desigualmente, as culturas dos alunos presentes no território escolar. As reformas dos anos 60 e 70, ao centrarem-se exclusivamente na dimensão pedagógica e ao esquecerem aspectos ligados ao mero currículo, pouco mais conseguiram do que o exercício de técnicas e procedimentos de ensino que favoreceram a aprendizagem da cultura escolar mas que não a transformaram nem aproveitaram a riqueza proveniente da diversidade. Atualmente, os princípios do direito à diferença e da igualdade de oportunidade exigem, a par de uma atenção à prática pedagógica, uma atenção aos processos de produção e valorização cultural.
Embora o discurso atual da educação seja o de defender o direito de todos e a busca da igualdade de oportunidades ao longo da história a escola tem sofrido uma lenta evolução nas concepções educativas em valorização a multiculturalidade. Também, os programas de compensação, que caracterizam um segundo tipo de resposta educativas à diversidade cultural presente nas escolas, reconhecem já a existência de diferentes culturas mas optam, na procura da igualdade e da eliminação de situações de discriminação, por submeter os alunos e alunas pertencentes aos grupos minoritários a processos e a estratégias de ensino que permitam superar aquilo que é considerado ser o seu “déficit”. É aos alunos e às suas características culturais e de origem que é atribuída a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso escolar, e não ao sistema ou ao currículo escolar, em geral. Assim, afirma-se que toda a tradição escolar tem apontado para a valorização exclusiva dos produtos da cultura hegemônica pelo que não é fácil romper com essa situação presentes, na cultura escolar.
A autora defende a construção de espaços nas escolas e nas salas de aula onde haja crianças e jovens pertencentes a diferentes culturas, mas desde que sejam também criadas condições de oportunidades de troca e reciprocidade, pois diversidade sem igualdade é opressão. Para tanto, afirma que “o currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social.” Quanto ao papel do professor, afirma que historicamente os professores têm assumido papel de professor-transmissor de um currículo, ao invés de assumirem o de um “professorimplementador” ativo ou “professor-configurador”. Conclui que perante a diversidade dos alunos, um professor que desenvolve práticas que contemplam essas especificidades acredita nas vantagens que daí decorrem e transporta para a escola os saberes do quotidiano dos diversos grupos, trabalhando-os, não de forma esporádica e fragmentada, mas contextualizada e vivenciada por processos interagidos. Esta atitude educativa é, portanto, substancialmente da de um currículo “turístico”. Portanto, para os professores implementarem nas aulas o princípio da inclusão, terão não só de possuir conhecimentos sócio-culturais sobre os diversos grupos, mais também deverão ser capazes de utilizar esses conhecimentos na organização curricular e no ensino, para estimularem a aprendizagem dos alunos.

A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Este artigo apresenta uma pesquisa de campo no intuito de fornecer base teórica para a discussão da relação família/escola/rendimento escolar. A pesquisa permitiu-se perceber que no ambiente escolar existem dois tipos de famílias: aquelas que demonstram interesse pela vida escolar de seus filhos e àquela que considera sua participação dispensável ou inadequada e procuram se omitir na vida estudantil de seus filhos. É claro que existem outros fatores que influenciam no sucesso escolar, mas em suma, os resultados da pesquisa mostram que alunos e alunas que não dispõem do envolvimento família na sua vida escolar estão constantemente sem motivação e na maioria das vezes possuem um baixo rendimento escolar ou um comportamento fora dos padrões da turma, indicando que provavelmente exista uma associação direta entre o envolvimento da família e seu arranjo enquanto organização social e o desempenho da criança ou adolescente na escola.
Refletindo sobre a relação família/escola, a autora afirma a necessidade de cada um compreender seu papel na educação: “A escola necessita saber que é uma instituição que complementa a família”; porém ambos devem ter princípios muito próximos para os benefícios do filho/aluno. Afirma ainda, que a construção dessa parceria é função inicial dos professores, pois, segundo ela, a família não está preparada para sequer enfrentar, quanto mais solucionar os problemas que os educadores de seus filhos lhe entregam nas reuniões.
A autora cita por diversas vezes o autor Içami Tiba para justificar a necessidade de a criança criar laços de afetividade na família. Que nela está a base do processo. Pois é nela que a criança vive suas maiores sensações de alegria, felicidade, prazer, amor, etc. “Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da família.”
Sabemos que muito tem sido transferido da família para a escola e com isso a escola vai abandonando seu foco e a família, por sua vez, vai perdendo a sua função. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva. A escola que funciona como quintal da casa poderá desempenhar o papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sadio.
O sucesso dessa parceria escola/família se explica pelo fortalecimento de vínculos históricos que tanto na família quanto na escola. Os professores devem conhecer as dinâmicas internas e o universo sociocultural vivenciados pelos seus alunos para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham condições de intervirem no desenvolvimento destes. Tanto a família quanto a escola só pode ter um objetivo em comum com determinismo e persistência se souber como o educando/filho está no outro ambiente. Caso contrário, ambos caminharão de forma transversal ou cada um para um lado.
A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola. Construindo uma parceria dando sustentação no papel da família no desempenho escolar dos filhos e o papel da escola na construção de personalidades autônomas.